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Vale e siderúrgicas vão ser as estrelas do terceiro trimestre, diz BTG

13 de outubro de 2020
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O trimestre tem sido quase perfeito para o minério de ferro. O real fraco ante o dólar, os volumes crescentes da produção e a recuperação dos preços levaram os analistas a rasgarem elogios ao setor.

Com o título “é hora do aço”, o BTG acredita que esse é um dos melhores momentos da commoditie nos últimos anos, revela relatório enviado a clientes.

“Inegavelmente, os principais vencedores no semestre foram os aços e a Vale (VALE3), com um crescimento significativo da linha superior superando até mesmo as expectativas mais otimistas”, afirmam Leonardo Corea e Caio Greiner.

A demanda foi puxada pelo mercado aquecido dos materiais de construção. A Duratex (DTEX3), por exemplo, pode ter um Ebitda (geração de caixa) recorde nos próximos trimestres.

“Embora a força da demanda atual seja indiscutivelmente insustentável, esperamos um crescimento contínuo na demanda de materiais de construção em 2021”, afirma a dupla.

Ainda segundo eles, Vale e CSN (CSNA3) foram amplamente estimulados pelas tendências dos preços de minério de ferro incrivelmente altos, o que pode levar os rendimentos de fluxo de caixa livre a dois dígitos

“Dado o fato de que os volumes da Vale levarão alguns anos para se normalizar, nós esperamos que a resistência do minério de ferro (acima de US$ 100 por tonelada) persistirá por um tempo”, argumentam.

Forte geração de caixa

Os analistas do Credit Suisse também estão otimistas com a CSN. Na última quarta-feira (30), o banco elevou o preço-alvo da siderúrgica de R$ 11,50 para R$ 19, além de promover a recomendação de neutra para outperform (desempenho esperado acima da média do mercado).

Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, que assinam o relatório obtido pelo Money Times, basearam a revisão em três fatores. O primeiro é a melhora das expectativas para o mercado de minério de ferro. O banco suíço acredita que a cotação do insumo permanecerá acima dos US$ 100 por tonelada no ano que vem.

O segundo é a recuperação mais rápida que a prevista da demanda interna por aço. Inicialmente, o Credit Suisse previa uma queda de 12% nas vendas domésticas, pressionadas pela recessão decorrente da pandemia de coronavírus. Agora, os analistas calculam uma retração bem menor – de 4% – neste ano.

O terceiro ponto é o reajuste de preços anunciado pela CSN, e que deve ser implementado até outubro.

 

FONTE:
MONEY TIMES

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