Setor siderúrgico teve ligeira melhora no mês de maio
Dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil (IABr) na última quinta-feira, 18, mostram que o desempenho da siderurgia nacional no mês de maio foi menos negativo do que o esperado. Segundo a entidade, na comparação com o mês de abril, a produção aumentou 20,8% e as vendas internas, 22,6%. Já o consumo aparente cresceu 19,7% e as exportações, 6,5%.
Os números, no entanto, ainda se apresentam ruins na comparação com maio de 2019. Em maio de 2020, a produção de aço bruto foi de 2,2 milhões de t, uma queda de 22,6% frente ao mesmo mês de 2019. A produção de laminados, de 1,4 milhão de t, foi 29,3% menor que do que a de maio do ano passado, e a de semiacabados ficou em 630 mil t, retração de 3,2%.
Por sua vez, as vendas internas caíram 23,2% de um ano para outro, atingindo 1,2 milhão de t, e o consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 1,3 milhão de t, 24,8% abaixo do apurado no mesmo período de 2019. As importações tiveram redução de 36,0% em quantum e de 31,4% em valor, e as exportações de 23,9% e de 39,0%, respectivamente.
“No final das contas, o primeiro semestre não está sendo tão negativo quanto prevíamos no início da crise provocada pelo coronavírus”, disse Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do IABr. “Mas a gravidade da crise de demanda que o setor está enfrentando não pode ser subestimada. Estamos operando só com 51% da capacidade instalada”.
Segundo Lopes, a produção brasileira de aço bruto foi de 12,1 milhões de t nos cinco primeiros meses de 2020, o que representa queda de 15,9% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 8,5 milhões de t, 13,4% menor do que o registrado nos mesmos meses de 2019, e a de semiacabados totalizou 3,3 milhões de t de janeiro a maio de 2020, uma redução de 11,4%.
As vendas internas tiveram queda de 12,3%, o consumo aparente de 12,6%. A queda nas importações em toneladas foi de 21,7%, e nas exportações, de 9,3%. “Mesmo com o início da flexibilização do isolamento social, que vínhamos defendendo, sempre com base em protocolos de segurança que protejam a população, a verdade é que o futuro próximo ainda é de muita incerteza”, resumiu Lopes.
FONTE:
Usinagem Brasil